quarta-feira, 27 de março de 2013

Cinco idosos morrem em 48 h no Hospital Regional de Tucuruí



 Hospital Regional de Tucuruí
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
Após a publicação da matéria “Infecção no Regional”, que denunciou a existência de infecção hospitalar através da bactéria Klebsiella nas dependências do Hospital Regional de Tucuruí, na edição do Diário de Carajás da última sexta-feira (22), muitas outras informações chegaram ao conhecimento da equipe de reportagem, inclusive que muitos outros pacientes estavam recebendo o tratamento com antibiótico de alta complexidade, para evitar o avanço da bactéria Klebsiella.
Dentre as informações, a que trousse maior preocupação foi a da morte de cinco idosos, que estavam internados no Hospital Regional de Tucuruí, entre as idades de 65 a 83 anos. Os pacientes estavam em tratamento na grande maioria por debilidade em função as suas idades, apresentavam baixa resistência, inclusive um dos óbitos foi de uma senhora idosa que usava um marca-passo.
As mortes ocorreram entre os dias 20 e 21, sendo que, em 48 h, quatro senhoras idosas e um idoso de 83 anos, foram a óbito, segundo informações dos familiares, as pacientes mulheres estavam internadas todas próximas na mesma enfermaria.
É prematuro, realizar quaisquer especulações das causas das mortes, mas, causou muitas suspeitas, haja vista, a proliferação da bactéria Klebsiellla no interior do Hospital Regional, é fato, que as informações prestadas pela coordenação do HRT aos familiares, é que os óbitos foram em função da grande debilidade na saúde dos internos idosos, que culminou com os seus falecimentos.
Mas, duas famílias não convencidas, solicitaram a realização de perícia através do Instituto Médico Legal Renato Chaves, para que sejam identificadas as causas das mortes.
É fato, que desde o mês de janeiro a equipe de reportagem sempre esteve mantendo contatos com o diretor do HRT Devaldo Rodrigues, mas, que passado estes quase 90 dias, nenhuma medida foi tomada para equacionar a proliferação da bactéria Klebsiella nas dependências do único Hospital de Alta e Média Complexidade, que atende a toda população da região que engloba os sete municípios do entorno do Lago da Usina de Tucuruí.
A ação de omissão, se por acaso for comprovada, com a identificação da bactéria Klebsiella, através de laudo do Renato Chaves, realizado através de necropsia nas idosas que foram a óbito, poderá gerar ações judiciais para apurar as responsabilidades, e inclusive, cabendo uma ação de indenização contra o governo do estado, às famílias que tiveram a perda de seus entes queridos sob a responsabilidade do Hospital Regional de Tucuruí.
Equipamento – A direção do Hospital Regional de Tucuruí, exercida pelo médico Devaldo Rodrigues, que administra um dos maiores orçamentos do setor de saúde do estado, superior a diversas prefeituras da região, adquiriu no final de 2012, um aparelho de ponta, para diagnosticar as infecções hospitalares por meio de exames de cultura automatizada.
O equipamento é necessário em todas as unidades de saúde, pois é fundamental para identificar o perfil dos microrganismos circulantes no ambiente hospitalar, além de possibilitar a identificação de cada um para definir a sensibilidade aos antibióticos. O aparelho garante eficiência e eficácia no tratamento das infecções.  
Foi em função a existência deste equipamento, que a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HRT, coordenada pela médica infectologista Henriana Serra, teve condições de identificar com exatidão a existência da bactéria Klebsiella nas dependências do HRT, que inclusive, através de entrevista concedida via telefone à equipe de reportagem, e que foi gravado todo o seu conteúdo, a médica Henriana Soares Serra, afirmou a existência da bactéria Klebsiella nas dependências da UTI Adulto e na UTI Neonatal do Hospital Regional de Tucuruí. 
Sespa esclarece suposto caso de infecção hospitalar no Hospital Regional de Tucuruí - Em nota a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará – Sespa. Em relação a matéria sobre o suposto caso de infecção hospitalar no Hospital Regional de Tucuruí (HRT), publicada na última  sexta-feira, 22, no Diário de Carajás, do Jornal Diário do Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) esclarece que a Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar já entrou em contato com a Vigilância Sanitária do município de Tucuruí e ainda com representantes da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HRT, que asseguram não haver proliferação e identificação de infecção hospitalar por KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), no hospital.
A coordenadora da CCIH, Henriana Serra, esclarece que até o momento nenhum dos óbitos ocorridos entre os dias 20 e 21 deste mês, está relacionado à infecção. Mas, o relatório das causas está em andamento e será finalizado no próximo mês, segundo normas da vigilância.
O HRT ressalta que foi adquirido recentemente um aparelho para diagnosticar as infecções hospitalares  por meio de exames de cultura automatizada.  O equipamento é necessário em todas as unidades de saúde, pois é fundamental para identificar o perfil dos microrganismos circulantes no ambiente hospitalar, além de possibilitar a identificação de cada um para definir a sensibilidade aos antibióticos. O aparelho garante eficiência e eficácia no tratamento das infecções.  
O hospital ainda destaca que no mês passado os funcionários receberam orientações sobre KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) e outras klebsiellas, apenas para prepará-los sobre como proceder em caso de bactéria.
A Sespa ressalta que existe um trabalho permanente de vigilância e controle de infecção hospitalar em todas as unidades hospitalares do Estado, trabalho que é feito de forma integrada com as Vigilâncias Sanitárias e Epidemiológicas dos municípios paraenses.





4 comentários:

  1. esse welington hugles precisa primeiro se informar do verdadeiro estado que esses pacientes chegaram no hrt, para depois fazer esse tipo de comentário tão sério..

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Prezado Anônimo,
    Não sou muito de responder críticas maliciosas de pessoas que utilizam o anonimato para alfinetar este jornalista, por isso, assino as matérias, mas, não poderia deixar de esclarecer que, já foi identificada a Klebsiella dentro do HRT, inclusive pacientes encontra-se em tratamento com antibióticos, mas, em nenhum momento afirmei que os óbitos seriam causados pela infecção no HRT, e sim, que e muita coincidência, ter havido estas mortes dentro deste período em que a matéria foi ao conhecimento público, e não ficou apenas dentro da sala da direção do HRT.
    Então quem tem que se informar e você anônimo e ler com maior clareza a matéria, para não ficar inventando inverdades.
    Grato,

    Wellington Hugles

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