quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Cidade de Tucuruí acéfala e atravessa inúmeras denúncias realizadas pela vice-prefeita e vereador, e sendo tomada por lixo e entulhos




WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles

Como previsto, após o período pós-eleitoral, a cidade de Tucuruí, sudeste do Pará, atravessa uma das maiores situações de descasos, com a suspensão da coleta de lixo e entulhos, todos os bairros estão repletos de montanhas de lixo e entulhos, em função a falta da coleta, que já ultrapassa mais de 30 dias consecutivo.

Segundo os moradores, a prefeitura de Tucuruí criou um calendário para a retirada dos entulhos e a coleta do lixo domiciliar, mas, desde o mês de outubro passado, nada mais esta sendo feito pela gestão pública, para resolver a situação de descaso coletivo, deixado à população exposta as maiores precariedades, tendo que conviver com insetos, animais peçonhentos e urubus, que “fazem a festa” no lixo, que estão expostos e tomando conta das ruas da cidade de Tucuruí.

É fato, que desde o último dia 28 de outubro, a gestão pública municipal, centro esforços pela aprovação da alteração da Lei Orgânica Municipal, aprovada pela maioria dos vereadores, garantindo que o prefeito municipal possa ausentar-se do município até 15 dias consecutivos, sem que haja, a necessidade, que a vice-prefeita ou mesmo o presidente da Câmara de Vereadores assuma a chefia do Poder Executivo, fato que gerou muitas polêmicas, haja vista, o retrocesso ao passado, revogando o direito constitucional do exercício do poder, pela figura do vice-prefeito, eleito constitucional com o prefeito, para auxiliar e substituir o gestor nas suas ausências ou impedimentos.

Denúncias – A aprovação deste Projeto de Lei, que alterou a Lei Orgânica, foi o “estopim” do rompimento da parceria da vice-prefeita Henilda Dias Miranda (PSDB), que juntamente com o seu marido, o vereador Deley Santos (PPS), não aceitaram está “traição”, este fato, culminou com o pronunciamento do vereador Deley, na Tribuna da Câmara, denunciando inúmeras falcatruas e irregularidades dentro da gestão municipal, comandada pelo prefeito Sancler Ferreira, instalada desde o seu primeiro governo, iniciado em 2009.

As irregularidades são comprovadas através de licitações duvidosas e pagamentos sem comprovações da execução de serviços, a uma empresa de “faixada”, segundo o vereador, “só nos quatro meses de 2014, foram pagos mais de R$ 10 milhões a está empresa “laranja”, que redistribui o dinheiro ao “esquema” fraudulento”.

Foi comprovada ainda, a liberação de pagamentos pela Secretária de Finanças Sheila Vaz, de valores a sua secretária de gabinete, que está funcionária contratada pela Prefeitura, desde o ano de 2009, cifras que ultrapassam mais de R$ 1,5 milhão, só no ano de 2013, e que contava com o apoio para a liberação dos valores, sem levantar suspeitas, de um ex-funcionário de uma agência bancária da cidade, que atualmente assumiu uma secretária de governo, na Prefeitura de Tucuruí.

Em função a estes fatos, houve o cruzamento dos dados e a devida averiguação pelo Tesouro Nacional, devido a grande movimentação financeira, que culminou com a abertura de processo de investigação, que tramita na Polícia Federal, em Marabá, que está sendo apurado pela Delegada Dra. Janaina Gadelha.

Após a consolidação desta alteração na Lei, a vice-prefeita do município Henilda Dias Miranda (PSDB), acompanhada de seu marido, o vereador Deley Santos, utilizaram os microfones de uma rádio local, confirmando as denúncias, realizadas pelo vereador Deley, na Tribuna da Câmara, e novamente afirmando, a existência da malversação dos recursos públicos pelo prefeito Sancler Ferreira e seus asseclas, inclusive, das irregularidades ocorridas durante a realização do certame do Concurso Púbico Municipal, onde, a vice-prefeita afirmou que “e uma vergonha, que toda a família do prefeito Sancler Ferreira, tenha sido aprovada, em detrimento a população que tanto acreditava na transparência deste concurso, este senhor vai deixar a prefeitura sucateada e quebrada, e seus parentes todos efetivados nas “tetas” da Prefeitura”, concluiu Henilda.

Dentre as inúmeras denúncias, Henilda Dias, afirmou que, “o prefeito persegue e humilha seus desafetos, e que seu governo esta consolidado em irregularidades em todos os setores da administração pública”, como exemplo, “o IPASET, Instituto de Previdência criado pelo prefeito em março de 2013, que já recolheu mais de R$ 25 milhões dos salários, dos descontos previdenciários dos funcionários efetivos, mas o dinheiro não está na conta nem do IPASET e nem da Prefeitura, o dinheiro sumiu”, correndo o risco dos funcionários nunca poderem se aposentar, segundo Henilda, “eu nunca contratei ou nomeei nenhuma pessoa no governo, ou mesmo realizei pagamentos que já não estivesse programado por Sancler, quando assumi a prefeitura nestes anos de gestão municipal, por entender, que o governo está em desacordo à legalidade, e não queria envolver meu nome com estes ilícitos”. A vice-prefeita desafiou comprovarem qualquer documento assinado por ela, que envolva seu nome em falcatruas ou irregularidades.

Com as denúncias postas a público, o Ministério Público do Estado, através dos Promotores de Justiça de Tucuruí, abriram procedimento investigatório, para a apuração destes fatos, e a devida coleta de informações, depoimentos e dados documentais, para que seja formalizada e oferecida a justiça, Ação Pública, denunciando novamente o prefeito Sancler Ferreira, para que possa se defender das denúncias, correndo, inclusive, o risco do seu afastamento da função de prefeito de Tucuruí.

A equipe de reportagem procurou a Prefeitura de Tucuruí, para que fossem esclarecidos os motivos da suspensão da coleta do lixo e dos entulhos na cidade, mas fomos informados, que o gestor municipal, encontra-se em viagem, e só após seu retorno, que será possível dar qualquer esclarecimento com referência a este assunto. Também foi solicitadas informações com referência as denúncias realizadas pelo vereador Deley Santos e a vice-prefeita Henilda Dias, contra o prefeito Sancler Ferreira, sendo informados, que não houve nenhum procedimento legal instaurado ou intimação judicial, sendo que a Prefeitura só se pronunciará perante o Poder Judiciário após acionada.


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