segunda-feira, 17 de março de 2014

Tucuruí: BR 422 fechada por integrantes de movimentos sociais






WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles

Desde as 6 h da manhã desta segunda-feira (17), mais de 800 pessoas ligadas aos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais vindos dos sete municípios do entorno do lago de Tucuruí juntamente com o Movimento dos Atingidos por Barragem – MAB e com o reforço dos servidores do Hospital Regional de Tucuruí que já estão a quatro dias de greve, fecharam a BR 422 na altura do km 7, entre o centro de Tucuruí e a Vila Permanente, com isso, inviabilizando o tráfego de veículos, causando um engarrafamento imenso, a rodovia liga Tucuruí para o restante do estado.

Os manifestantes exigem o atendimento imediato de medidas que solucionem as carências da região, que ao longo de décadas foram deixadas para segundo plano, como: cumprimento das condicionantes dos impactos com a construção da barragem do Rio Tocantins, programas de fomentação do setor produtivo, assim como, maiores investimentos e manutenção nos assentamentos criados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, continuação da eletrificação rural e o início de mediadas que possam levar energia para as 1.600 ilhas do lago de Tucuruí, liberação de recursos para o início do asfaltamento da rodovia BR 422 entre Tucuruí e Novo Repartimento, assim como da rodovia Transamazônica, início de fato e de direito do derrocamento dos Pedrais do Lourenço, com isso, viabilizando a navegação pelas eclusas de Tucuruí, além de diversos outras demandas trazidas pelos representantes dos municípios de Breu Branco, Novo Repartimento, Anapu, Pacajá, Mocajuba, Baião, Cametá, Goianésia do Pará, Itupiranga, Nova Ipixuna e Jacundá.

Os manifestantes aguardam um posicionamento dos governos estadual e federal, bem como da empresa estatal Eletronorte que administra a usina, para abrir um canal de negociação e o atendimento imediato destas demandas.

Para o coordenador do MAB, Roquevan Alves, “desta vez vamos solucionar de uma vez estas pendências, que ao longo de 20 estão sendo empurrada com a barriga”, a liderança afirma que só será desobstruída a rodovia se houver o atendimento de todas as pautas trazidas dos movimentos municipais.

Os servidores do Hospital Regional de Tucuruí, em greve há quatro dias, engrossam a barricada que bloqueou desde as 6 da manhã a rodovia, Paulo Gonçalves, esclareceu que a participação dos servidores e para forçar que o governo através da Sespa, cumpra com os pagamentos dos atrasados das GDI dos funcionários, bem como que faça a repactuação dos valores enviados pelos municípios do entorno do lago, com isso, melhorando o atendimento dos pacientes no HRT, também exigem a saída imediata da Maternidade Municipal da Prefeitura de Tucuruí, que provisoriamente ficaria em uma ala do HRT pelo período de 90 dias, mas já se passou 3 anos e em função ao “alinhamento político” entre prefeito e governador, a maternidade encontra-se tutelada dentro do HRT com recursos do estado.

Centenas de carros estão parados em ambas as vias, formando um imenso engarrafamento, os moradores da Vila Permanente, são os mais prejudicados, em função a impossibilidade do direito de ir e vir, mais compreendem que a causa e justa, para o morador Paulo Robson Lima, infelizmente o governo e parecido feijão, “só atende as carências da população na pressão”.

Uma parte dos profissionais liberais, que necessitam usar a rodovia federal diariamente para cumprirem suas agendas de trabalho, já está se organizando, e nas próximas horas estarão impetrando na justiça com uma ação, com pedido de liminar para que a rodovia seja liberada.


Até o fechamento desta edição nenhuma autoridade entrou em contato com os manifestantes para o atendimento das reivindicações. 

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