sexta-feira, 21 de março de 2014

Hospital Regional de Tucuruí: Assembleia da classe decide fim da greve após atendimento parcial de pauta pelo governo






WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles

No oitavo dia de paralisação dos servidores efetivos do Hospital Regional de Tucuruí (HRT), sudeste paraense, que deflagraram greve por melhorias na manutenção do hospital e pelo recebimento de suas gratificações atrasadas, os grevistas resolveram em assembleia geral realizada as 20 h desta sexta-feira (21), no auditório do HRT, finalizar a paralisação após o anúncio das conquistas que foram asseguradas na reunião realizada em Belém, no gabinete da Sespa, na tarde desta quinta-feira (20), com o secretário de Saúde Hélio Franco.

Na reunião de trabalho estiveram presentes Hélio Franco secretário de Saúde do estado, Charles Tocantins secretário de Saúde do município de Tucuruí, Lourival Filho diretor do HRT, a direção do Sindsaúde estadual e a comissão de funcionários vindos de Tucuruí.

Durante a reunião diversos avanços foram conquistados: 
GDI – O setor financeiro da Sespa realizou nesta sexta-feira os pagamentos da Gratificação de Desempenho Institucional (GDI) atrasadas, referente ao 4º trimestre de 2013 de todos os servidores do HRT, prometendo nos primeiros dias do mês de abril realizar o pagamento do 1º trimestre de 2014.

Recursos do Pronto Socorro – Segundo Hélio Franco na próxima semana será publicada Portaria do Ministério da Saúde modificando o repasse do valor de R$ 100 mil, que estava sendo repassados para a gestão da Prefeitura de Tucuruí, repassando para a administração da direção do HRT, com isso, sendo investido de forma correta na manutenção do Pronto Socorro do HRT.

O secretário de Saúde de Tucuruí Charles Tocantins assumiu que os recursos estavam sendo recebidos pela prefeitura, mas que estavam sendo investidos na UPA e no SAMU, mas não esclareceu quando fará a prestação de contas destes recursos, que estavam sendo recebidos e manuseados de forma irregular pela Prefeitura de Tucuruí.

Maternidade Municipal – Segundo o secretário de Saúde de Tucuruí Charles Tocantins, antes do final do mês de março, será lançado o edital de construção da nova maternidade de Tucuruí, inclusive com recursos oriundos de bancos internacionais, e após a construção do novo prédio, sem data prevista para conclusão, será transferida a maternidade do município de dentro do HRT, liberando assim um espaço de vital importância para o melhor atendimento aos pacientes no hospital do estado.

Para o Sindsaúde Tucuruí, esta “estória” da Maternidade Municipal já perdura há 3 anos, primeiro seriam feitas apenas uma reforma e adaptação no antigo prédio onde funcionava (Sesp), que seria feita em 90 dias, depois o prefeito Sancler Ferreira teria conseguido empréstimos de financiamento com valores astronômicos com um banco internacional para viabilizar a construção, e que seu edital seria lançado em Janeiro de 2011.

Passado mais de três anos, temos certeza que esta “nova etapa de construção” é mais uma “balela”, “um engodo”, inclusive, enquanto perdurar o governo Simão Jatene, onde o partido do prefeito é quem comanda a Saúde do estado, a maternidade ficara dentro do HRT sobre a tutela do Governo do Pará, ou seja, pago pelos contribuintes de todo o estado.

Repactuação – O secretário Hélio Franco anunciou que será provocada uma reunião do Conselho Estadual de Saúde, para que seja avaliada esta repactuação dos recursos repassados pelos municípios atendidos pelo HRT, e que imediatamente será constituída uma comissão para avaliar e apresentar um estudo detalhado de como serão feitos as alterações dos investimentos dos valores arrecadados, onde a classe dos servidores também fará parte.

Siafem – Um avanço importantíssimo foi garantido dentro da pauta dos grevistas, que a partir de agora qualquer funcionário que prestam serviços e são pagos através dos recursos do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem), para serem desligados terão obrigatoriamente que passarem por análise através de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), ficando os funcionários assegurados com o apoio do setor jurídico do Sindsaúde, evitando as ameaças tendenciosas que estão sendo impostas pelo atual diretor financeiro do HRT, onde ameaça diariamente demitir todos os quase 200 prestadores de serviços ao Siafem, alertando-os, que isso será feiro para inclusão dos “apadrinhados” do prefeito que vão trabalhar nas próximas eleições estaduais.

Na verdade o Sindsaúde de Tucuruí exigia a retirada da função o Diretor do HRT Lourival Filho e de seu diretor financeiro Paulo de Tarso, por falta de capacidade de gestão e por estarem cometendo constrangimentos aos servidores, além de assédio moral, mas segundo o secretário de Saúde Hélio Franco, “a indicação foi feita pelo prefeito Sancler Ferreira, e que mais uma chance será dada para medir a potencialidade do diretor”.

Segundo Paulo Gonçalves, coordenador do Sindsaúde em Tucuruí, a reunião obteve um grande avanço, e sabemos que após uma semana de greve, a classe foi respeitada, esperamos que “o que foi acordado seja cumprido”, pois os servidores deram “mais uma oportunidade a gestão da Sespa de fazerem o que é correto”, queremos agradecer a todos os servidores efetivos e os prestadores de serviços do Siafem, que foram aguerridos e não se deixaram levar por ameaças e constrangimentos, “a união popular venceu, todos fomos vencedores”. Estaremos a partir desta sexta-feira (21), finalizando nossa paralisação e retornando as atividades normais do hospital, e partir deste sábado todas as cirurgias que não estavam sendo consideradas de emergência, começarão a entrar em uma escala para serem realizadas, evitando a transferência de pacientes para outros municípios.

Muito embora o secretário Hélio Franco ter afirmado durante a reunião que o Hospital de Tucuruí e o que traz mais custos para o estado, é fato informar ao gestor da saúde do Pará, que saúde não tem preço, e um hospital que hoje funciona de portas abertas e atende quase 1 milhão de pacientes dos municípios da região, até mesmo de Salinópolis e Altamira, teria sim que ter um custo superior, em comparação ao que foi afirmado por ele, que o hospital metropolitano e maior e custa menos, “no metropolitano a gestão e de uma O.S. e não atende de portas abertas, apenas exclusivamente para Urgência e Emergência, se o papel do Hospital de Tucuruí voltasse a ser de média e alta complexidade, tudo seria mais fácil, mas até maternidade de uma prefeitura funcionada dentro do hospital regional”. esclareceu Gonçalves.


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