terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Detentos rebelados no Centro de Recuperação Regional de Tucuruí

FOTOS EXCLUSIVAS WELLINGTON HUGLES







WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Fotos: Wellington Hugles

Passado uma semana do princípio de rebelião e da manifestação de “socorro” dos detentos do Centro de Recuperação de Tucuruí (CRRT), realizada no último dia 22, cobrando providências urgentes das autoridades pela situação caótica que atravessa o CRRT, com uma população carcerária que triplicou nos últimos três anos, e para piorar, naquela ocasião os detentos estava há três dias sem receber alimentação, assim como, água potável é um produto de luxo, onde os detentos para receberem água gelada são obrigados a pagar uma “taxa”.

Na rebelião de hoje, os detentos fizeram de refém o agente prisional da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), de nome Benedito lotado no CRRT, e prometem só liberá-lo após a chegada das autoridades requisitadas pelos rebelados.

Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (28), os internos do Centro de Recuperação de Tucuruí (CRRT), tomaram de refém o agente prisional da Susipe Benedito, e exigem a presença da juíza da comarca de Tucuruí e do superintendente da Susipe, para ouvirem as carências que passam os internos do CRRT, tudo em função ao não cumprimento do acordo celebrado no último dia 22 no momento da manifestação de “socorro”, ente os internos e o diretor Melo.

A Polícia Militar do Pará já esta dentro do CRRT, para garantir a ordem pública, e intermediar a liberação do refém e encerrar a rebelião, garantindo a presença das autoridades para ouvir as demandas dos rebelados, com o apoio do Grupo de Operações Especiais, tanto o comandante da Zpol Capitão Jonildo como o comandante da IV Regional Coronel Barata estão à frente da operação.

Segundo informações da PM, os rebelados querem ser ouvidos pela juíza de Tucuruí para a celeridade dos processos de detentos que já cumpriram suas penas, bem como a reversão de penas para regime semiaberto e aberto.

Também esta sendo aguardada a presença do representante da Susipe, que já estaria dentro de um avião em Belém a caminho de Tucuruí, onde os detentos exigem a remoção imediata do atual diretor Tenente Coronel Melo, pelas inúmeras irregularidades cometidas pelo diretor, denunciadas pelos detentos e seus familiares, assim como o não cumprimento do acordo celebrado na última manifestação.

Até o momento o clima esta controlado, apenas o agente está refém dos detentos, segundo os internos com a chegada das autoridades no Centro de Recuperação, o agente será liberado e a rebelião será encerrada, após serem ouvidos e ser oficializada a retirada do Tenente Coronel Melo da direção do CRRT.

Disparidades – Os detentos denunciam a situação sub-humana que atravessam dentro do Centro, e exigem melhorias estruturais e a diminuição do número de detentos do Centro de Recuperação Regional de Tucuruí (CRRT), que deveria operar com 120 internos e hoje ultrapassam 320 detentos, colocando em risco a integridade física e à saúde, tanto dos apenados como dos funcionários e prestadores de serviços, assim como dos Polícias Militares que fazem a proteção do CRRT.

Os familiares também denunciam que, “nossos filhos e maridos estão passando as piores privações, são obrigados a conviver em uma cela com uma capacidade máxima que seria de 40 internos, hoje convivem com 70 presos, os internos são obrigados a dormirem dentro dos banheiros fétidos, em redes em cima da pia e do vaso sanitário”.

Até o momento o Centro de Recuperação Regional de Tucuruí está velado, a imprensa ainda não teve acesso à parte interna, mas tudo será equacionado nas próximas horas com a chegada das autoridades requisitadas pelos internos rebelados.

Susipe - Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), a ação começou às 6:30 h, durante a entrega do café da manhã. 

Nove internos da cela oito do bloco B fizeram um agente prisional refém.


Um comentário:

  1. Os processos Centro de Recuperação de Tucuruí precisam ser revisto, pelas autoridades, para que haja uma diminuição dentro do sistema prisional, de Tucuruí.

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