segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Novo Repartimento: Passeio escolar termina em afogamento de aluna

Aluna J.C.S. de 14 anos, morreu afogada em passeio escolar

WELLINGTON HUGLES
De Novo Repartimento
Foto: James Araújo

Na manhã do sábado (16), na Vila Umarizal, localizada a margem do Rio Tocantins no município de Baião aconteceu o incidente que culminou com a morte por afogamento da estudante de apenas 14 anos de iniciais J.C.S., tudo leva a crer, que houve negligência por parte dos organizadores e responsáveis pela excursão escolar.

A Prefeitura Municipal de Novo Repartimento, através da Secretaria de Educação, juntamente com a direção da Escola Municipal Ângelo Lima de Amorim, localizada no município de Novo Repartimento, sudeste paraense, realizaram no final de semana uma excursão para o município de Baião, distante cerca de 300 km da cidade.

O encontro que foi realizado na localidade Vila Umarizal, em Baião, tinha como pauta a discussão do “Dia da Consciência Negra”, cerca de 30 alunos participaram juntamente com a equipe de professores e a direção da Escola Ângelo Lima de Amorim, representando o município de Novo Repartimento.

Durante a preparação para a excursão, os familiares ficaram preocupados com a organização da viagem, haja vista, a grande distância, e a faixa etária dos alunos serem muito baixa, mas mesmo ciente de todos os riscos a Secretaria de Educação de Novo Repartimento, autorizou a liberação do transporte para o deslocamento dos alunos e dos professores até o município de Baião.

Tudo vinha correndo conforme o programado, mas, segundo informações preliminares, os professores e a equipe da direção da escola, resolveram atravessar o Rio Tocantins até a sede do município de Baião, deixando os alunos apenas com uma das professoras, que inclusive, foi a responsável em colher as autorizações dos pais para a liberação dos alunos para a viagem. Foi quando ao meio de uma grande quantidade de adolescente, a professora involuntariamente se descuidou, e por volta das 10:30 h, quando os alunos brincavam as margens do Rio Tocantins em uma boia inflada de pneu de caminhão, uma das alunas de apenas 14 anos, caiu da boia e foi ao fundo, não retornando mais. O desespero foi grande dos jovens, que por serem menores de idade nada podiam fazer nada na tentativa de mergulhar e salvar a aluna, a professora em desespero tentou buscar ajuda junto aos colonos, e passado algumas horas, os outros professores foram acionados, retornando para o vilarejo, já com a equipe do Corpo de Bombeiros, que com o apoio da comunidade, após exaustivas buscas, conseguiram encontrar submerso o corpo da estudante de 14 anos de iniciais J.C.S.
J.C.S. de 14 anos

Segundo os familiares, a morte de J.C.S. ficou caracterizada por abandono de incapaz, onde uma grande quantidade de alunos foi levada para uma localidade distante de suas casas e familiares, sendo expostos ao risco de banharem as margens de um perigoso rio, como é o Tocantins, principalmente porque os estudantes não conheciam o local, ainda com o agravante, sem o monitoramento de pessoas adultas, haja vista, a quantidade de alunos para apenas uma pessoa que estava dando assistência.

Polêmica - Um questionamento que toda a população da cidade está levando, e o porquê que os 14 professores, que foram para esta excursão como apoio total da Prefeitura de Novo Repartimento, abandonaram os alunos na Vila Umarizal e se dirigiram para o outro lado do rio Tocantins para a cidade de Baião, outro fato que causou estranheza, foi que após a morte da aluna, nenhum Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia tanto em Baião, como em Novo Repartimento, concomitantemente o corpo da jovem não foi periciado pela equipe do IML, para oficializar os motivos da causa de sua morte.

O desespero e a tristeza da mãe ao ver a filha morta no caixão
O seu sepultamento foi realizado no início da tarde do domingo (17), no cemitério público de Novo Repartimento, em meio, a muita revolta e sofrimento de seus familiares e seus colegas de escola, que exigiram providências por parte das autoridades constituídas, para que o município através da Prefeitura de Novo Repartimento que liberou o transporte, os alunos e os professores, seja responsabilizado por este incidente que culminou com a morte de uma criança de 14 anos que tinha uma vida prospera, cheia de sonhos a serem realizados.



Uma das principais alegações da população revoltada, é que para outras atividades a prefeitura não dispõe nenhum apoio, e para este passeio em uma distância imensa, a prefeitura liberou o transporte, e de forma inconsequente os professores abandonaram os alunos, os expondo aos riscos que culminou com o afogamento da aluna.


Diversos contatos foram realizados na Prefeitura, Secretaria de Educação e na Escola Ângelo Lima de Amorim, em Novo Repartimento, mas sem nenhum sucesso.

3 comentários:

  1. Quanta irresponsabilidade dos profissionais dessa escola.
    .se é que podem chamá-los de profissionais. Com certeza deve-se tomar alguma medida em relação a essa conduta da secretaria de educação e da escola. Isso não pode ficar impune. É muita irresponsabilidade! !! Com tantos professores nessa excursão. ..será que não tinha um apenas com cérebro na cabeça? ??

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  2. Foi uma fatalidade companheiro, não temos que culpar ninguém . nao sabemos o que aconteceu na realidade.

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  3. Isso é um absurdo se eles queriam era passear em baião por que não foram sozinho irresponsáveis credo Deus conforte essa familia

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