quarta-feira, 24 de abril de 2013

Transamazônica volta a ser fechada e Pacajá fica sitiada




WELLINGTON HUGLES
De Pacajá
Fotos: James Araújo
Por volta das 18 horas desta quarta-feira 24, após o retorno da comissão representante do Movimento Regional em Defesa das Compensações Socioambientais dos Municípios impactados pelas obras da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e de Belo Monte, que estiveram em Altamira, participando de uma reunião com diversas autoridades para tratar o atendimento da pauta de reivindicações.
Após uma longa negociação com os representantes de diversos órgãos governamentais, nenhum encaminhamento foi direcionado, com isso, a comissão retornou para o município de Pacajá, sendo recepcionados por diversos manifestantes, que descontentes com o resultado da reunião resolveram fechar novamente no início da noite desta quarta-feira 24, a Rodovia Federal Transamazônica.
Segundo um dos coordenadores do Movimento, Ismael Siqueira, informou que atenderam ao chamado do governo, indo até Altamira, mais agora, só sairemos daqui e liberaremos a rodovia, após o governo vir reunir conosco e trazer resultados da nossa pauta de reivindicações aqui em Pacajá, “queremos que nosso povo seja assistido e não podemos deixar as obras acontecerem, porque, nos sabemos que após a obra concluída quem fica sofrendo com os impactos e a população”.
Novamente, os manifestantes fecharam a BR com troncos de árvores e atearam fogo em pneus, fechando a rodovia com faixas do movimento.
A ponte de acesso a zona urbana na cidade de Pacajá foi fechada, ficando a cidade sitiada, ao longo da rodovia esta sendo formada uma fila imensa de carros que usam a Transamazônica para o acesso a região.
Dentre a pauta de reivindicações que envolve diversos órgãos do governo federal e estadual, estão à prioridade para o início das obras do PAC como o derrocamento do Pedral do Lourenção e de dragagem do Rio Tocantins, para garantir a navegabilidade do Tocantins, no período de estiagem das chuvas, com isso, garantindo a transposição das Eclusas de Tucuruí durante todo o ano. A suspensão das obras do Linhão do Xingu que corta o município de Pacajá, destruindo as áreas das APPs (Área de Preservação Permanente), levando energia a Manaus, mas, deixando para trás estragos irrecuperáveis ao meio ambiente, inclusive, deixando a cidade e a região sem energia de qualidade. O movimento exige ainda a eletrificação dos assentamentos da região, e apoio aos colonos através dos programas do governo federal, haja vista, o Incra ter locado os sem terras e abandonados a própria sorte, sem nenhum atenção a suas manutenções através de programas de sustentabilidade.
A Polícia Militar do Pará com seu comando em Pacajá através do capitão Juniel, esta acompanhando de perto a manifestação.


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