Dentro do HRT: Situação da Maternidade Municipal está insustentável

O Hospital Regional de Tucuruí criado na década de 80 para absorver a demanda dos pacientes trabalhadores das obras de construção da Usina Hidrelétrica e Eclusas de Tucuruí, que no pico da obra chegaram a movimentar quase 100 mil trabalhadores em Tucuruí.

Hoje figura como um Hospital Regional direcionado para o tratamento de Alta e Média Complexidade, que atende as demandadas dos sete municípios do entorno do Lago da Hidrelétrica de Tucuruí, a saber: Tucuruí, Breu Branco, Goianésia do Pará, Jacundá, Itupiranga, Pacajá e Novo Repartimento.

Mas, que passa por uma situação de descontrole, em função da instalação da Maternidade Municipal de Tucuruí no mês de dezembro de 2010, com a desculpa do início das obras de reforma do Hospital e Maternidade Municipal de Tucuruí, localizado no antigo prédio do SESP no bairro Santa Mônica, o atendimento da maternidade municipal foi transferido para dentro de uma ala do Hospital Regional, utilizando toda a estrutura e os equipamentos do HRT.

Passado quase 30 meses, ou seja, 810 dias que a maternidade está funcionando dentro do Hospital do Estado, repassando a responsabilidade da saúde básica do município ao governo do estado, em detrimento aos outros seis munícios pactuados, que são obrigados a realizar o atendimento as suas gestantes nas maternidades em seus municípios, enquanto que a administração municipal de Tucuruí está com sua maternidade dentro do Hospital Regional administrado pelo Governo do Estado do Pará.

É fato, que muitas denúncias já foram protocoladas no Ministério Público e na Sespa, mas, nenhuma providência foi tomada para a garantia do retorno da maternidade para o seu local de origem e para a tutela do município.

Com isso, superlotando aquela casa de saúde que tem como finalidade, a realização de partos que sejam de alto risco, e, necessariamente está realizando os partos normais, ocupando as salas de cirurgias, causando um congestionamento de cirurgias e impossibilidade os atendimentos emergências oriundos dos municípios pactuados, que repassam mensalmente os valores para o atendimento de seus pacientes no HRT.

Alimentação – Mesmo funcionando com as maiores dificuldades, a Maternidade Municipal ainda contava com a parceria do HRT, mas, uma situação inusitada foi registrada nos últimos dias, dois anúncios foram afixados na entrada de acesso ao refeitório do HRT, chamando a atenção para a atual situação precária que se encontra a instituição, devido a falta de compromisso e de capacidade administrativa que atravessa o HRT, o anúncio, esclarece que os funcionários e pacientes internos do "Hospital Municipal", que se refere a maternidade municipal que se encontra instalada dentro do HRT, "não tem direito a receber refeições no jantar, lanche e nem café da manhã", sendo bastante direta ao final, pedindo para "não insistir", assina o anúncio o Departamento de Nutrição do HRT, sendo extensiva a proibição ao estagiários que também não tem direito a refeição do jantar ou lanche.

A que ponto chegou à situação do caos dentro do HRT, como fica a situação das internas que estão na maternidade municipal em trabalho de parto, sem poder se alimentar, tudo isso, devido aos acordos de cessão do prédio pelo governo do estado ao prefeito municipal.

São fatos como estes, que deixa toda a população comovida, e aflita solicitando medidas emergências, para tentar solucionar o problema de falta de competência e postura administrativa na direção do HRT, esperamos que o Secretário de Estado de Saúde Hélio Franco, olhe com maior carinho a nossa população do entorno do lago, e que determine em caráter de urgência, que a prefeitura de Tucuruí, providencie o retorno de sua Maternidade para a tutela da prefeitura em seu prédio no antigo Sesp, com isso, garantindo a alimentação diária de suas pacientes com qualidade, conforme determina o setor nutricional.

Fonte: Informações e Fotos colhidas do Sindsaúde Tucuruí