sábado, 16 de junho de 2012

Obra de Belo Monte é paralisada após indígenas depredarem escritório central do Consórcio Construtor




Prédios dos alojamentos e área de lazer dos operários da UHE Belo Monte em Altamira-Pará
Centenas de indígenas queimaram depredaram na tarde deste sábado (16), o escritório central do Consórcio Construtor de Belo Monte em Altamira no estado do Pará, desde a manhã de sexta-feira (15), os indígenas estavam realizando diversas manifestações pacificas na área contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, com isso, tentando ter uma atenção dos administradores da obra e também sensibilizar os participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio + 20 pelos diversos impactos ambientais que estão ocorrendo com o fechamento do Rio Xingu e a retirada dos ribeirinhos e indígenas dos seus locais de origem.
Em represália a falta de atenção do Consórcio Construtor e do Governo Federal, os índios radicalizaram a manifestação, e na tarde deste sábado (16), atearam fogo realizaram um quebra-quebra no prédio central onde funcionava o escritório da administração da obra de Belo Monte. Até o fechamento desta edição não tivemos informações de pessoas vitimadas pelo incêndio incidente, mas a gerência da obra preventivamente resolveu suspender os trabalhos e dispensar todos os funcionários que estavam de serviço nos canteiros de obras.
O escritório do Consórcio Construtor de Belo Monte fica a cerca de 50 quilômetros da sede do município, na área conhecida como ensecadeira, uma espécie de barragem de terra erguida no rio Xingu pelo Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM).
Os ânimos continuam acirrados no local, e até o momento nenhuma solução foi tomada para a negociação com os indígenas que se encontram no canteiro de obra, e que ameaçam radicalizar ainda mais e atear fogo depredarem outros prédios, como alojamentos e refeitórios, se não forem atendidos com a suspensão imediata das obras de construção de Belo Monte, que segundo os manifestantes vem causando impactos irreversíveis para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e os ribeirinhos.
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. A obra também enfrenta críticas do Ministério Público Federal do Pará, que alega que as compensações ofertadas para os afetados pela obra não estão sendo feitas de forma devida, por estes motivos, já estão ocorrendo estes problemas sócias na região do Xingu. (Wellington Hugles)

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