Cláudio Furman declara ter sido “julgado à revelia”

Foto: Wellington Hugles

Cláudio Furman administrou o município de Tucuruí por três mandatos (1983 a 1988 / 1997-2000 / 2005-2008) declara-se vitima por ter sido "julgado a revelia"

Convênio celebrado entre a prefeitura e o governo do estado para a construção do prédio do Ciretran, há época o governador era Almir Gabriel e o prefeito de Tucuruí era Claudio Furman e vice Dr. Mafra.

O pleno do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM), em sessão realizada no último dia 17 de janeiro, analisou as contas do ex-prefeito de Tucuruí Cláudio Furman do exercício de 2006. Após a leitura do parecer exaurido pela Conselheira Mara Lúcia que na oportunidade presidiu a sessão, recomendando que os vereadores da Câmara Municipal de Tucuruí, ao analisarem as contas do ex-prefeito Claudio Furman, referentes ao ano de 2006, acompanhem a decisão tomada por unanimidade pelos Conselheiros do TCM pela não aprovação. Durante a sessão os Conselheiros aprovaram ainda que Furman recolha aos cofres públicos o valor de R$ 2.034.242,59.

Irregularidades – Segundo o parecer da Conselheira Mara Lúcia, a equipe de contabilidade do ex-prefeito Furman, teria realizado lançamentos no Demonstrativo Financeiro das Contas, “Diversos Responsáveis”, que somam R$ 2.034.242,59, que com a decisão deverá ser restituídos.

A relatora aponta ainda a ausência de procedimentos licitatórios no valor total de R$ 9.235.482,54, e a não celebração de convênios no valor de R$ 308.880,00.

Defesa – Em contato direto com o empresário Cláudio Furman, que administrou o município de Tucuruí por três mandatos (1983 a 1988 / 1997-2000 / 2005-2008), e que devido sua grande atuação e liderança, desponta-se como um forte nome para uma possível candidatura a prefeito de Tucuruí nas eleições vindouras de 2012. Disse em sua defesa que foi “julgado à revelia”, pois neste período do julgamento o ex-prefeito estava internado no Hospital Albert Eistein, em São Paulo, onde se submeteu a três cirurgias no pulmão e uma no coração.

Furman afirmou que não recebeu nenhuma convocação do TCM para o julgamento, porque estava no hospital, mas esclareceu que está “preparando a documentação para me justificar perante o TCM”. Ele disse também que pretende obter um novo prazo para se defender das acusações.

Sobre a irregularidade nas contas, Furman pela grande experiência em administrações públicas, observa que a priori o TCM sempre faz uma análise macro das prestações de contas das administrações, mas após os recursos e as defesas apresentadas, sempre os resultados são revistos, haja vista, a grande quantidade de documentos e números, e que normalmente são lançados despercebidamente alguns valores em orçamentários diferenciados.

Furman esclareceu ainda que os recursos do convênio celebrado entre a prefeitura e o governo do estado foi para a construção do prédio do Ciretran. “O prédio tá lá, foi construído através da PMT e inaugurado pelo governo do estado e funciona desde 2000. Se devolver o dinheiro aos cofres públicos, passarei a ser o proprietário de fato e de direito do prédio”, disse o ex-prefeito, que afirma ainda estar convalescendo das cirurgias, com nova internação e intervenção cirúrgica prevista para os próximos dias.  (Wellington Hugles)