terça-feira, 22 de novembro de 2011

Hidrelétrica de Tucuruí comemora 27 anos sediando Conferência de países Latino Americanos


Representantes dos países Brasil, França, Canadá, Rússia, Paraguai, Uruguai, Panamá e Chile participam da Conferênciapromovido pela Comissão de Integração Energética Regional (Cier) e pela Global Sustainable Electricity Partners

Na abertura do evento, o presidente da Eletrobras Eletronorte, Josias Matos de Araújo, destacou as ações socioambientais realizadas pela empresa nas comunidades do entorno da hidrelétrica Tucuruí

Melhores práticas de sustentabilidade em grandes hidrelétricas são tema de workshop promovido pela GSEP e pela Cier

Autoridades do setor elétrico mundial estão reunidas, hoje (22) e amanhã (23), no Centro Cultural da Eletrobrás Eletronorte, em Tucuruí, para debater o desenvolvimento sustentável de projetos de empreendimentos hidrelétricos. Representantes de países como Brasil, França, Canadá, Rússia, Paraguai, Uruguai, Panamá e Chile participam do evento, promovido pela Comissão de Integração Energética Regional (Cier) e pela Global Sustainable Electricity Partnership (GSEP), organização da qual a Eletrobrás faz parte, composta pelas maiores empresas de energia elétrica do mundo.

Esse encontro abre uma série de workshops da GSEP com o objetivo de difundir as melhores práticas de sustentabilidade em grandes centrais hidrelétricas. O Brasil foi escolhido, dentre os 11 países-membros da organização, para sediar a primeira edição do evento por ser considerado modelo em geração de energia sustentável. “Isso representa o reconhecimento em nível mundial da nossa experiência em implantação de grandes usinas e da importância das hidrelétricas como fator de desenvolvimento econômico e humano”, explicou o superintendente da Coordenação Geral da Presidência da Eletrobrás, Luiz Augusto Figueira.

Na abertura do evento, o presidente da Eletrobrás Eletronorte, Josias Matos de Araújo, destacou as ações socioambientais realizadas pela empresa nas comunidades do entorno da hidrelétrica Tucuruí, no rio Tocantins, como o Plano de Inserção Regional e o Plano Popular de Desenvolvimento Sustentável da Região à Jusante da UHE Tucuruí. “Por meio desses programas, a Eletronorte vai investir, em 20 anos, R$ 360 milhões em projetos de saúde pública, educação, meio ambiente, desenvolvimento urbano e agricultura familiar”, disse Araújo. Tucuruí, a maior hidrelétrica totalmente brasileira, com capacidade instalada de 8.370 MW, comemora hoje 27 anos de sua inauguração.

O representante da Cier, Carlos Mascimo, enfatizou o potencial hidrelétrico da América Latina. “As hidrelétricas têm um papel importante na matriz energética desses países e espera-se que, no futuro, tenham uma importância ainda maior”, afirmou Mascimo. Na Amazônia, as usinas em construção e em estudos, como Belo Monte, no rio Xingu no Pará, Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira Rondônia, somam cerca de 42 mil megawatts de capacidade instalada.

“A hidreletricidade é a energia mais sustentável do mundo. As hidrelétricas têm uma enorme capacidade de contribuir para o desenvolvimento local e para a erradicação da pobreza. Além disso, ajudam a reduzir as emissões de CO2”, disse Martine Provost, diretora executiva da GSEP. A organização participará da 17ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-17), que acontece de 28 de novembro a 9 de dezembro, na África do Sul. A GSEP é composta pelas empresas líderes do setor elétrico mundial: Eletrobrás (Brasil), American Electric Power (Estados Unidos), Duke Energy (Estados Unidos), Électricité de France (França), Enel S.p.A. (Itália), Eskom (África do Sul), Hydro-Québec (Canadá), RusHydro (Rússia), Kansai Electric Power Company (Japão), RWE AG (Alemanha), State Grid Corporation of China (China), CFE (México) e Tepco (Japão).

Contra ponto – A Associação das Populações Organizadas Vítimas das Obras no Rio Tocantins e Adjacências – APOVO, em reunião realizada no último sábado 19, discutiu a realização do evento reunindo países Latino Americanos em Tucuruí, dando como exemplo de sustentabilidade a construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, sendo que para as quase 6 mil famílias de expropriados da região do grande Lago de Tucuruí, os sete municípios atingidos pelas obras não foram contemplados com as devidas compensações com a utilização de suas áreas e riquezas, sendo que a empresa ainda tem uma grande divida com os municípios e com toda a sociedade, segundo o presidente da APOVO Esmael Rodrigues Siqueira, até esta data, a empresa Eletrobrás Eletronorte não cumpriu com todas as condicionantes socioambientais, bem como com os pagamentos das indenizações das famílias atingidas pela barragem do Rio Tocantins. (Wellington Hugles)

Um comentário:

  1. o pessoal mole, ai que era o lugar de fazer manifesto, para todo o mundo!

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